domingo, novembro 28, 2010

Não é só uma "espiadinha"


Em direção à 11ª edição, o Big Brother Brasil traz algumas “novidades”.
Como se já não bastasse assistirmos e estarmos, de certa forma, cercados por mulheres que exibem seus corpos como objeto de devoção e desejo, passaremos a ver alguns novos aspectos sobre o tal jogo por 1,5 milhão de reais.
Se você está antenado na mídia fútil, certamente sabe do que estou falando.
Não, não estou falando sobre a nova arquitetura da casa, que passa a ter dois andares, casa de vidro, dois lados... Falo sobre a permissão de agressão física. Longe de mim, pobre adolescente, querer fazer um falso moralismo de “Big brother não presta” e no fundo, me interessar, embora interessar não seja a palavra adequada. Entreter seria melhor. Enfim, assumo que vejo Big Brother sempre que a TV está ligada no horário do programa. E assumo, também, que mesmo sendo um programa cheio de besteirol e cercado de voyeurismo, é uma mídia que entretém bastante.
Porém, o que me preocupa, é essa tal permissão de agressão. O que é isso ? O circo do circo ? E as crianças que assistem o reality ? Pensarão elas que pode-se, simplesmente, resolver meia dúzia de problemas com agressão ? Eu sei que o programa não é apropriado para crianças, que os pais não respeitam a classificação indicativa e etc. Isso é verdade, mas será mesmo possível alienar uma criança de um assunto que é manchete de jornal e assunto em rodas de adultos e adolescentes ? No mínimo, curiosidade de ver BBB, a criança vai ter.
A possibilidade de uma porradaria ser televisada em um canal de TV aberta me assusta muito.
Pelo visto, quer queira quer não, chegarão até nós as notícias de corpos maravilhosos, casais formados, intrigas e agressões físicas e verbais.
Com tanto assunto a ser explorado, tantos filmes bons a serem vistos, tantos lugares a serem conhecidos, a população gastará, em média, 3 meses de suas vidas assistindo à um programa desse cunho.
Se Big Brother já era um programa ridículo, hoje ele passa à uma categoria indefinida de besteira na televisão brasileira.

* Isso tá muito mal escrito e aleatório. É que eu precisava falar...

6 comentários:

Unknown disse...

essa edição vai ser tensa! vai ser uma baixaria, hein?! ihssdsdsi já era :-)) (mas eu verei!)

Felipe disse...

Na verdade faz muito sentido a Globo liberar as agressões físicas e tudo mais. Já se passaram dez edições,e agora tem emissora "copiando" o programa, é natural que a Globo busque diferenciais que atraiam o público.
Essa liberação mostra o marketing da Globo, que com esse informe, já atrai a atenção do público para o programa, mesmo faltando três meses para o inicio do mesmo.
É tão certo em questão de marketing, que ano que vem a Record (que só sabe copiar a Globo) vai estar criticando a Globo por liberar, mas vai também permitir as agressões físicas e a bebida na "A Fazenda".

Gabriela Arosa disse...

Jú, que bom que ainda existem pessoas que percebem o absurdo. Mesmo sendo marketing, não é natural. Realmente, a sociedade caminha para o descaso... Entreterimento, besterol, até o Big Brother são coisas que fazem parte do nosso cotidiano, essas programações não tem culpa sozinhas das consequências que causam. No entanto, promovendo "diferenciais" para o público afim de aumentar a audiência a Globo esquece a responsabilidade que um meio de comunicação exerce sobre a sociedade ... É um absurdo. O próximo Big Brother se tornará uma briga de galo e muitas galinhas, nos quais as revistas de fofocas, de entreterimento sexual e as grandes marcas disputarão pelos novas pseudos-celebridades.

Felipe disse...

A Globo não esquece que tem responsabilidade, nenhum meio esquece, só preferem deixar de lado, assim como George Orwell nos "ensinou", é de preferência da elite que a massa seja controlada.
A Globo não está criando um desejo por sangue, um desejo pora violência, isso já é da natureza humana, ela só está, como toda empresa de sucesso, se aproveitando disso.
Claro que eles não vão deixar a porrada rolar solta, é óbivio que tem regras que eles não vão divulgar, vão se aproveitar da imagem de "vale tudo", e mais uma coisa, só porque é permitido não quer dizer que vá rolar, na Holanda é permitido fumar maconha mas nem por isso todo mundo fuma, nos EUA é permmitido o cidadão se armar até os dentes, mas nem por isso todos fazem.
Não cabe a nós criticar a Globo por suprir a necessidade de muitas pessoas, cabe a nós sim criticar as pessoas que dão o retorno esperado, que se animam, que gostão, que valorizam a baixaria.
Assim como não adianta criticar o Tiririca por se candidatar, temos sim que condenar as pessoas que votaram nele.
A massa detêm o poder, os meios só agem a favor do lucro, e quem dá o lucro é o povão, eles vão de acordo com a preferência dessas pessoas.

Gabriela Arosa disse...

Você concorda com o fato da Globo adotar a política de controle das massas? As pessoas que assistem ao programa e dão ênfase a essa atitude devem ser tão criticadas quanto a Globo. Porque ela não coloca as suas minisseries, muitas com muita qualidade no horário do Big Brither? Por causa do dinheiro...
Se você acha que os fins justificam os meios não ha mais argumentos que eu possa usar que faça você perceber o quão absurdo se torna uma das maiores emissoras do mundo, com milhões de telespectadores, promover esse tipo de situação. Torna-se uma questão de ponto de vista , no qual eu não concordo.

Felipe disse...

Não é só a Globo que faz isso, são todos os meios comunicativos, todas as pessoas são tendênciosas na hora de contar um história, me diga um meio, um canal informativo que não manipule voluntariamente ou involuntariamente a informação e eu te darei uma utopia.
Adimito que sou um capitalista, sou um burguês, viso o lucro, e que nesse caso está sendo executado quase que com perfeição, e como você mesmo disse, a Globo produz sim conteúdo de qualidade, cabe ao telespectador procurar esses programas, pois ela não vai arriscar diminuir o seu lucro, o mundo gira em torno o vil metal.

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